Translate

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Aparição de Nossa Senhora de Fátima



O Papa Bento XV exige a paz no mundo
                             (5 de Maio de 1917)


Em 1917 a Primeira Guerra Mundial estava no seu auge, sem dar sinais certos de se aproximar de uma conclusão. Por esta altura, o Santo Padre, o Papa Bento XV, que tinha estado no serviço diplomático do Vaticano, tinha esgotado todos os meios naturais ao seu dispor para alcançar a paz, mas sem resultado. Compreendendo o poder limitado da diplomacia, mesmo da diplomacia papal, o Papa, cansado e enfraquecido, voltou-se para a Bem-aventurada Mãe de Deus, através de Quem todas as graças são obtidas. E pediu urgentemente a todos os Cristãos para implorarem à Virgem Maria que concedesse a paz ao mundo, e para lhe confiarem, e a Ela somente, este encargo.

O Papa escreveu o seu apelo à paz numa carta datada de 5 de Maio de 1917:
A nossa voz sincera e suplicante, invocando o fim deste vasto conflito, o suicídio da Europa civilizada, foi então ignorada e assim continua a ser deste essa altura. Na verdade, parecia que a onda escura do ódio aumentava em altura e extensão entre as nações beligerantes, e atraía outros países para o seu varrer medonho, multiplicando as ruínas e os massacres. Todavia, a nossa confiança não diminuiu .... Como todas as graças que o Autor de todo o bem se digna conceder aos pobres filhos de Adão são dispensadas, por um desígnio amoroso da Sua Divina Providência, por intermédio das mãos da Santíssima Virgem, é nosso desejo que o pedido dos Seus filhos mais aflitos, mais do que nunca nesta hora terrível, se volte com viva confiança para a augusta Mãe de Deus.1

Queria que o mundo recorresse ao Coração de Jesus pela mediação de Maria, e ordenou que a invocação Rainha da Paz, rogai por nós fosse acrescentada permanentemente à Ladainha do Loreto. Em seguida, colocando decididamente nas Suas mãos a paz do mundo, o Papa fez outro apelo:
Assim, que um apelo amoroso e devoto se eleve de todos os cantos da terra – dos nobres templos à capelinhas mais pequenas, dos palácios reais e das mansões dos ricos às choupanas mais humildes – das planícies ensopadas em sangue e dos mares, a Maria, que é a Mãe de Misericórdia e omnipotente pela graça. Que se elevem a Ela os gritos de angústia das mães e das esposas, os choros dos pequeninos inocentes, os suspiros de todos os corações generosos: para que a Sua solicitude, tão terna e benigna, seja tocada e que seja concedida ao nosso mundo agitado a paz que desejamos.2

 A Mãe Santíssima respondeu depressa a este pedido angustiado do Papa e do povo cristão. Apenas oito dias depois, em Fátima, a Virgem Maria apareceu em resposta às súplicas que subiram para Ela de um mundo em guerra. Veio para demonstrar o Seu cuidado maternal por nós, e que, como Mediadora de todas as Graças, só Ela nos pode mostrar o caminho da paz. Todavia, para nos conceder este favor, Ela requer a nossa colaboração. Requer que cada um de nós obedeça aos Seus pedidos de oração e penitência, e que o Papa e os Bispos obedeçam ao Seu pedido da Consagração da Rússia.
                 
Mas enquanto que a Santíssima Virgem respondeu ao Santo Padre apenas oito dias depois de ele Lhe ter feito aquele pedido, a Santíssima Virgem continua à espera das orações e penitência de todo o mundo, e do cumprimento da Consagração colegial da Rússia. É triste ver que, tantos anos depois, os Seus simples pedidos ainda não foram totalmente obedecidos.

http://www.fatima.org/port/essentials/facts/pt_popbenxv.pdf

Notas:
1. Rope, Henry E. G., Benedict, the Pope of Peace, (London, 1941), pp. 104-105.
2. Walsh, William Thomas, Our Lady of Fatima, (Nova York, 1947, 1954), p. 49.

Nenhum comentário:

Postar um comentário